Na última segunda-feira, 19, o famoso “golpe do delivery” fez uma nova vítima, Yasmin Brunet. A modelo foi roubada em R$ 7,9 mil após pedir comida por aplicativo de entrega.

A história se passou no Rio de Janeiro, onde a modelo pediu comida pelo aplicativo Rappi. Pouco depois de o pedido ser confirmado, Yasmin foi comunicada de que o entregador teria sofrido um acidente e que outra profissional faria a entrega. 

Mas para que pudesse receber o pedido, a modelo teria que pagar uma segunda taxa de entrega para o novo motoboy, alegando que a tarifa inicial seria estornada. Yasmin conta que a chegada do suposto entregador aconteceu em até dez minutos após a ligação.

Ao descer da moto e se dirigir à modelo, o entregador não tirou o capacete, o que Yasmin viu como uma atitude estranha. Em contato com o novo motoboy ele perguntou qual o valor que deveria ser passado na máquina de cartão, R$ 77. 

“Ele me mostrou R$ 77 na tela do telefone dele, como se estivesse conectado na maquininha. Só que na tela da maquininha não aparecia nada, nenhum número”, contou a modelo.

Mesmo achando estranho, Yasmin inseriu o cartão na maquininha e digitou a senha para concluir a compra. Ela ainda conta que ouviu o bipe que a máquina faz ao confirmar o processo, mas que mesmo assim o homem tentou realizar uma nova transação alegando que a primeira não havia sido autorizada. 

Foi então que a modelo pediu para ver a mensagem de recusa na máquina de cartão, mas o entregador deu as costas e foi embora sem dar nenhuma explicação. Desconfiada do que havia acabado de acontecer, Yasmin entrou em contato com a operadora do cartão que confirmou o golpe do delivery no valor de R$ 7,9 mil.

Em resposta, a Rappi informou que a questão já havia sido resolvida diretamente com Yasmin Brunet, mas não detalhou como a resolução aconteceu. Em nota, a empresa declarou que não trabalha com máquinas de cartão, portanto não há a cobrança de nenhuma taxa extra como foi alegado. 

Até mesmo se tratando de gorjetas ao entregador, o pagamento acontece via aplicativo para preservar pela segurança dos envolvidos. Esta não é a primeira vez que o golpe do delivery é aplicado.

Somente em 2021 houve um crescimento de 186% nas reclamações de atitudes semelhantes junto ao Programa de Proteção e Defesa ao Consumidor (Procon) de São Paulo. 

Entre o período de janeiro a maio, as empresas iFood, Rappi e Uber Eats estiveram envolvidas em 249 registros de golpe do delivery.