Fazendeiro mostra sabugos de milho durante protesto |
A economia da América Latina deve crescer menos do que o previsto neste
ano, enquanto a região, dependente de exportações, enfrenta ameaças de
medidas de estímulo no mundo desenvolvido e uma crise de dívida não
solucionada na Europa, disse o Banco Interamericano de Desenvolvimento
(BID) neste sábado (26).
O BID agora vê a região, dependente de exportações, expandindo entre
3,5% e 4% em 2013, abaixo de uma previsão em agosto de 4,2% de
crescimento, embora ainda acima da expansão estimada do ano passado.
"Um dos problemas é esta nuvem de incerteza sobre a economia global",
disse o presidente do BID, Luis Alberto Moreno, quando questionado pela
Reuters em um intervalo de um encontro de líderes empresariais europeus e
latino-americanos em Santiago, capital do Chile.
No mês passado, a Organização das Nações Unidas rebaixou sua previsão
de crescimento para a América Latina e o Caribe, dizendo que a região
iria provavelmente crescer 3,8% em 2013, menos do que fora anteriormente
previsto, com um crescimento mais lento no México pesando contra uma
recuperação no Brasil, Argentina e uma demanda doméstica forte na
região.
De qualquer maneira, o crescimento da região deve ganhar força já que a previsão da ONU foi de crescimento de 3,1% para 2012.
Moreno também ecoou vários temores de líderes latino-americanos de que
medidas de estímulo no mundo desenvolvido provoquem mais fluxos de
capital que poderiam reforçar as moedas da região, dependente de
commodities.
Moreno disse que o banco iria emprestar cerca de US$ 12 bilhões para a região neste ano, pouco acima dos níveis de 2012.
REUTERS
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