Após o escândalo dos livros com desvios gramaticais, o Ministério da Educação (MEC) reconheceu ter distribuído exemplares com erros de matemática a mais de 39 mil classes da zona rural pelo programa Escola Ativa.

Para o deputado federal Rogério Marinho, coordenador da bancada do PSDB na Comissão de Educação e Cultura da Câmara, isso demonstra a fragilidade da pasta. O tucano espera uma revisão nos mecanismos de controle e mais transparência nos critérios do órgão para evitar novos erros.


O ministério enviou uma carta aos coordenadores recomendando que a coleção não seja usada e retirou o material da internet. De acordo com Rogério Marinho, o Ministério só anunciou a retirada dos livros porque a imprensa noticiou o ocorrido.

"Está havendo uma distorção do processo de ensino. Se faz um trabalho claramente com viés ideológico, o que não deve ser a postura do MEC. A educação é um patrimônio do país e não deste ou daquele partido político de ocasião", lamentou. "Estão prestando um desserviço à população brasileira", acrescentou.

O MEC gastou R$ 14 milhões para distribuir o material didático com erros, usado por 1,3 milhão de alunos em mais de 3 mil municípios. Os volumes ensinam que 10-7=4 e que 16-8=6. Há ainda exercícios que remetem à página errada e frases incompletas.

A Comissão de Educação e Cultura da Câmara aprovou, na semana passada, requerimento do tucano convidando representantes do Ministério a participar de uma audiência pública. O objetivo é discutir a polêmica envolvendo os livros didáticos distribuídos nas escolas. Rogério Marinho espera que a série de falhas seja esclarecida.

(*Com informações do Diário Tucano)