Está marcada para a próxima terça-feira às 11 horas da manhã, uma reunião na sede do Ibama na qual deverá ser homologado o acordo entre os bugueiros, proprietários das dunas  e os órgãos envolvidos no impasse. Há dez dias as dunas móveis localizadas em Jenipabu, município de Extremoz (litoral Norte do Estado), foram embargadas porque toda a área necessita de um licenciamento para ser explorada. Com o embargo,  120 bugueiros que vivem, exclusivamente, das dunas móveis de Jenipabu deixaram de trabalhar, até os pacotes turísticos vendidos foram cancelados. Mas  uma reunião realizada, na tarde de ontem, na sede do Ibama entre o superintendente do órgão, Alvamar Queiroz, o diretor presidente do Idema, Gotardo Emereciano, o procurador do Ministério Público Federal José Soares, o secretário de turismo do município de Extremoz Fernando Bezerril, o presidente do Sindicato dos bugueiros Paulo Severo, o deputado estadual Fernando Mineiro, além dos proprietários das dunas visou solucionar, “colocar um ponto final” no problema.

Fernando Bezerril, ao sair da reunião disse que, provavelmente, na terça-feira será homologado o TAC – Termo de Ajustamento de Conduta — que irá permitir que no prazo de cinco meses os proprietários possam se enquadrar na legislação ambiental. “Há cinco anos que existe o problema nas dunas privadas, porém os bugueiros sobrevivem daquele local e precisam voltar a trabalhar”.

O diretor presidente do Idema Gotardo Emereciano explicou que não existe a intenção de prejudicar os bugueiros e que alguns documentos deverão ser apresentados no prazo que for estipulado pelos órgãos para que  a licença ocorra.  

Flávio Caldas que trabalha como bugueiro há 20 anos disse que são 120  profissionais que tiram seus sustentos das dunas moveis. “O valor cobrado é de R$ 160 para quatro pessoas. Com a paralisação, os trabalhadores estão passando necessidades”.

Para o presidente da Associação dos Proprietários e Condutores de Bugues de Aluguéis, Roberto Horiath o importante será a autorização  permanente para que os trabalhadores possam usufruir das dunas e não voltem a ter que parar o trabalho por causa de um embargo. “É importante um parecer final para que todos possam trabalhar em paz”.

Duas famílias são proprietárias das dunas móveis. Membros da família Santos Lima estiveram na reunião, mas preferiram não falar sobre o impasse.