O palhaço Tiririca (PR-SP) foi eleito neste domingo o deputado federal mais votado do país. Até as 21h30 horas, com 95,4% das urnas apuradas, ele tinha mais de 1,2 milhão de votos (6,31% do total). Para efeito de comparação, Tiririca teve cerca de 450 mil votos a mais do que o candidato do PSOL à Presidência, Plínio de Arruda Sampaio.

Proporcionalmente, o candidato Reguffe (PDT), do Distrito Federal, foi o que teve o melhor desempenho, com 19,15% (cerca de 250 mil votos). Nomes conhecidos da política nacional, como o ex-governador do Rio Anthony Garotinho (PR) e ACM Neto (DEM) também foram bem votados em seus Estados. Garotinho obteve 8,49% dos votos no Rio e ACM Neto teve quase 7% dos votos na Bahia.

O deputado federal mais votado da história do país continua sendo Enéas Ferreira Carneiro, do Prona, que em 2002 foi eleito com 1,57 milhão de votos.

Com sua expressiva votação, Tiririca arrasta pelo menos mais três deputados da coligação Juntos por São Paulo, composta por PT, PRB, PC do B, PT do B e PR. Nas vagas "abertas" por ele estavam, até as 21h30, Otoniel Lima (PRB), Vanderlei Siraque (PT) e o delegado Protógenes Queiroz (PC do B). A coligação da presidenciável Dilma Rousseff (PT) havia garantido 24 cadeiras na Câmara, dos quais 16 são petistas. Em 2006, a bancada paulista do PT foi de 14 deputados.

A coligação PSDB, DEM e PPS, que apoia do candidato tucano José Serra, conseguiu 22 vagas. Confirmando as projeções, a candidata Bruna Furlan (PSDB), filha do prefeito de Barueri, Rubens Furlan, foi a mais votada, com 262.208 votos até as 21h30. Aos 27 anos, ela desbancou veteranos puxadores de voto, como José Aníbal (PSDB). A coligação consegui 22 vagas na Câmara. Dessas, 14 foram conquistadas por candidatos tucanos. Nas eleições de 2006, a bancada do PSDB foi de 18 deputados.

Pelo menos entre as bancadas paulistas, a provável configuração confirma as projeções feitas pelos institutos de pesquisas, que apontavam um crescimento do PT - e uma manutenção do número de cadeiras da coligação governista - e a perda de espaço dos dois principais partidos de oposição, PSDB e DEM.