O jornalista Rosinaldo Vieira foi agredido na madrugada deste domingo (07) quando realizava a entrega de exemplares de um jornal comunitário da Cidade Satélite. O periódico mensal tinha como uma das reportagens de capa uma abordagem sobre os vereadores candidatos a reeleição envolvidos na Operação Impacto.

O jornalista estava acompanhado do pai, um senhor de 81 anos, quando foi abordado e insultado por parentes e correligionários do vereador Aquino Neto (PV).  O fato ocorreu por volta da meia noite e meia na Rua Serra do Caturité, na primeira etapa da cidade Satélite, no bairro Pitimbu.

Rosinaldo foi agredido com socos na orelha e no rosto, pontapés nas pernas que o desequilibrou, além de palavras grosseiras como “deixe de ser safado rapaz, você é daqui do bairro, fazendo isso”, ditas com veemência por um dos irmãos do vereador Aquino Neto, conhecido por “Preto”, que, inclusive, foi entre todos o que mais o agrediu, felizmente sem maiores danos.

As palavras eram relativas a uma matéria veiculada no Jornal da Amocisa (Associação de Moradores da Cidade Satélite), entidade ao qual o jornalista Rosinaldo Vieira é diretor de Comunicação. O jornal mostra um quadro na capa e uma matéria na terceira página com os vereadores que têm mandato e que foram condenados pela Justiça do Rio Grande do Norte pela participação na chamada Operação Impacto, dentre eles o vereador Aquino Neto.

Além do Preto também estavam no momento da agressão, outros dois parentes do vereador Aquino Neto, um deles advogado, mas o jornalista não soube informar seu nome, além de outro homem que trabalha na campanha do vereador Aquino Neto, mas que na ocasião, por conhecer Rosinaldo Vieira, pedia para que os agressores o deixassem ir embora.


Idoso
Além do jornalista Rosinaldo Vieira, também distribuía o Jornal da Amocisa, seu pai dele, o aposentado de 81 anos, Benedito Vieira Lima, que ocupa o cargo de segundo Tesoureiro da Amocisa e também foi agredido, sendo jogado ao chão e lhe tomado os jornais que distribuía, assim como também foram tomados os jornais que estavam com o jornalista agredido.
“Considero um fato ante democrático, pois a intenção clara era de calar a voz de um meio de comunicação legítimo que apenas mostrava em uma matéria como se desencadeou a Operação Impacto e as suas consequências na Justiça, com as devidas implicações dos acusados”, disse o jornalista Rosinaldo Vieira.
Para ele, o ato de agressão também foi uma afronta a liberdade de expressão, que é uma norma garantida pela Constituição Federal do Brasil. “Ora, a Operação Impacto é um fato público e notório e é notícia em todos os meios de comunicação do Rio Grande do Norte. Os agressores deviam também atacar os repórteres e editores dos jornais impressos, redes de televisão e rádio, sites, redes sociais, que noticiaram com bem mais alcance e repercussão a Operação Impacto, inclusive citando o nome do vereador Aquino Neto como condenado. O Jornal da Amocisa apenas fez o mesmo, noticiando um fato que já é público e notório da sociedade potiguar”, disse o jornalista Rosinaldo Vieira, que logo após o fato, prestou queixa na delegacia de plantão de Candelária e em seguida fez o exame de corpo de delito no Itep.
O Jornal da Amocisa, na sua quarta edição, também noticia as comemorações dos 30 anos da Cidade Satélite, a instalação de um telecentro na Amocisa, o ato contra o fechamento do pronto-socorro da terceira etapa do Satélite, além de matéria sobre a Operação Impacto.
Por Rosinaldo Vieira – 8733-4107