Dando um giro pelo Estado, nos deparamos com uma cena inusitada. 

Em Patu, cidade localizada há pouco mais de 300 km da Capital, a política anda fervendo, mesmo faltando um ano para as eleições municipais. 

O fato curioso, é que o médico e ex-prefeito daquela cidade Lair Solano Vale, que até bem pouco tempo se dizia correligionário e admirador da prefeita Evilásia Gildênia (PSB) começou atacar a sua administração. Na prática, Lair não largou o osso, pois ainda mantém indicações de alguns cargos na administração pública municipal.

Solano, nos últimos dias, vinha tentando liderar um movimento para a resolução do problema de falta d´agua na cidade. Na imprensa local, alardeou aos quatro cantos que pretendia juntar em um só momento, situação e oposição. Chegou a publicar que por sua iniciativa e de um antigo desafeto seu, o também ex-prefeito Prossidônio Queiroga, o Popó, a situação do município seria resolvida em poucos dias. 

Mas, o fato inusitado e curioso é que bastou o rompimento do vice governador Robinson Faria (PSD) com o governo e, por conseguinte, a exoneração de Walter Gasi da Diretoria da CAERN para que aquela empolgação de outrora, visando a resolução do problema d´agua do município, não fosse mais, sequer mencionada pelo Sr. Lair e Popó. Uma luta, claramente, com fins eleitoreiros.


Na verdade, não é de hoje que Vale posiciona-se politicamente, visando tão somente, seus próprios interesses. 

 A trajetória política “vitoriosa” como gosta de alardear, teve inicio em 1989 quando se elegeu vice-prefeito na chapa encabeçada por Ednardo Moura (PR), considerado naquela época, um dos maiores administradores que Patu já tinha visto. Sem explicações, Lair omite em seus comentários esta passagem, neles propaga apenas o período em que foi prefeito (1993 a 1997). 

Esquece, ou tenta apagar da memória, que o apoio político e administrativo de Ednardo e o da Prefeitura de Patu na época de sua candidatura a prefeito, foram decisivos para o êxito nas eleições. 

Declara que conseguiu, em face da sua aprovação popular, viabilizar a candidatura única de Moura em 1996, o que não condiz com a realidade dos fatos, pois a candidatura de Ednardo fora constituída pelo fato do mesmo ter conseguido realizar uma boa administração em seu primeiro mandato. Solano não comenta ainda, que naquele ano, segundo fontes do município, ele arquitetou um plano para prejudicar a eleição de Moura  e ainda, o mesmo encontrava-se rompido com o seu vice, que por sinal é parente de Ednardo. 

O que se observa é que objetivo deste político, é tão somente estar próximo ao poder, utilizando-se da estratégia de se alternar entre um grupo e outro naquela cidade, desde que este ou aquele esteja próximo ou tenha chances de conseguir a vitória. 

Ressalte-se ainda que o mesmo apregoa que ama a cidade de Patu e que luta para resolver seus problemas, mas nas últimas eleições, o mesmo lançou sua candidatura a prefeito por Tibau, esta localizada a 177 Km do município do alto oeste, não logrando êxito pelo fato da lei da ficha limpa. Apesar de não ser crime algum - pelo contrário é legitimo - mas mostra o grau de comprometimento deste cidadão com os problemas e habitantes daquele município oestano.