Em discurso no Plenário na última quinta-feira (16), o senador Paulo Davim (PV-RN) defendeu investimentos na produção de energia limpa. O senador lembrou que o Brasil possui a mais rica biodiversidade do planeta, com grande potencial eólico. Para Paulo Davim, é preciso diversificar as matrizes energéticas brasileiras.

- Precisamos explorar o vento e o sol para produzir energia limpa, que tem menos impacto ambiental e apresenta menores perdas para a biodiversidade - afirmou.

 
Segundo o senador, 90% da energia brasileira são provenientes das hidrelétricas. Paulo Davim disse que o Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) já admitiu que o potencial eólico do Brasil é duas vezes maior que o das hidrelétricas. O senador informou que existe a expectativa de que até 2030 cerca de 30% da energia do Brasil venham de fontes renováveis como ventos, sol e biomassa. No entanto, a energia eólica representa hoje apenas 1% da matriz energética brasileira. O parlamentar disse que para aumentar esses índices é preciso investimentos e lembrou que alguns projetos já estão em andamento.

Paulo Davim disse que os estados do Ceará e do Rio Grande do Norte já produzem energia limpa. O senador informou que no Rio Grande do Norte, no mais recente leilão do Ministério de Minas e Energia, foram inscritos 119 projetos para exploração de energia eólica. Esses projetos podem representar a liderança do estado em números de projetos, com metade da produção de energia eólica do Brasil. De acordo com o senador, 13 cidades do estado já estão recebendo investimentos nesse tipo de energia.


- O uso da energia por meio dos ventos é bom do ponto de vista ambiental e econômico, pois implica compra ou aluguel de terrenos e permite o avanço tecnológico - disse.


O senador também lamentou a "subutilização" da energia solar no país. Para Davim, é preciso incentivo a pesquisas para desenvolver produtos mais baratos, pois a tecnologia "deve ser acessível a todos". O senador ainda afirmou que explorar matrizes energéticas renováveis é um passo para o bem estar do planeta, do homem e dos demais seres vivos.


- O progresso e o desenvolvimento econômico devem caminhar nos mesmos passos do respeito ao meio ambiente - concluiu.


* Da Redação / Agência Senado