Em assembléia geral na última terça-feira, os médicos de Natal definiram que vão enviar ofício à Prefeitura com suas reivindicações e na próxima terça (5) voltam a se reunir em assembléia na qual poderão retirar um indicativo de greve.

Os encaminhamentos da assembléia foram definidos após a discussão dos principais pontos da pauta como: o atraso no pagamento, que este mês deveria vir com um aumento de 35%, sancionado através da implantação do PCCV em dezembro passado, condições de trabalho e o ponto eletrônico.

Durante a assembléia os médicos expuseram a situação mais critica para o momento: o desabastecimento geral das unidades de atendimento do município.

Segundo uma médica da maternidade das quintas, que preferiu não se identificar, falta de tudo. “É um absurdo faltam os medicamentos básicos, coletor,gase, fio, água para os pacientes. Chegamos ao ponto em que a paciente tem que vir de casa com os anestésicos na mão para fazer uma cesárea”, relata a médica insatisfeita com a situação.

Este e outros relatos sobre o desabastecimento foram muito comuns na assembléia. Diversos médicos contaram da dificuldade em prescrever medicamentos, pela falta de receituários e sobre a dificuldade de contato com o Samu, em casos de emergência, pois há meses os telefones estão cortados.
Por Diário de Natal