O deputado estadual eleito pelo PDT, Agnelo Alves, afirmou que a indefinição dentro de alguns partidos fará com que a eleição da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa seja uma “caixa de surpresa”. De acordo com o político, que será empossado amanhã (1º), apenas a presidência será consenso.

“O PMDB, por exemplo, escolheu seu candidato a 1º Secretário [Hermano Morais], mas não teve o voto de dois parlamentares. Então, não há unanimidade em torno dos partidos, à exceção do PMN, que escolheu o deputado Ricardo Motta para presidente e o mandou sair em busca de votos”, destaca.

Agnelo Alves acredita que devido às indefinições partidárias, muitos dos cargos da Mesa Diretora será decido em segundo turno. “Esta eleição vai ser uma caixa de surpresas. Na eleição passada, por exemplo, o próprio Ricardo foi eleito em segundo turno para 1ª Secretaria. Acho que vai dar segundo turno em algumas posições, até porque você não pode eleger dois para primeiro secretário, senão sai bofete”.

O deputado estadual do PDT participou do Jornal 96, da 96FM, onde comentou que não pretende disputar nenhum cargo da Mesa Diretora e que externou isso para Ricardo Motta desde o início das conversas.

Além disso, Agnelo Alves informou que pretende manter uma postura independente como parlamentar. “Não haverá nenhum assunto em que vou me omitir. Sempre vou ficar contra, a favor ou neutro. Mas confesso que estou louco pra conhecer o líder do governo e da oposição”, ressaltou.

O deputado eleito disse ainda que terá atuação em consonância com a sociedade do Rio Grande do Norte. Agnelo afirmou ainda que pretende lutar pela reforma do regimento interno da Assembleia Legislativa, bem como por uma reforma na Constituição Estadual.

Em relação a sua posse como deputado estadual, Agnelo Alves, que é ex-prefeito de Parnamirim, revela ter atendido aos pedidos de vários amigos e integrantes do seu bloco político. Ele conta que não quis ser candidato a deputado federal, pois caso ganhasse teria que viajar muito.

Agnelo Alves também falou sobre a situação econômica do Rio Grande do Norte, classificando como "descalabro total". "Se você pegar o Estado de 10 anos para cá e calcular a margem de investimento, você vai ver que foi uma decadência total. Hoje, o Rio Grande do Norte arrecada para pagar pessoal. Não há um plano de investimento, nem há margem para isso".
Fonte:Nominuto - Delma Lopes