A formação da rede estadual do Serviço de Atendimento Móvel de Urgências (SAMU), que permitirá a cobertura em todos os municípios do Rio Grande do Norte, entrou em fase de finalização. A rede estará funcionando plenamente ainda neste ano.

Para garantir essa abrangência total, a Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap) está concluindo a estruturação das Centrais de Regulação Médica, que têm base nos municípios de Macaíba, Mossoró e Currais Novos, e concentrarão as chamadas da população nas três macrorregiões de atendimento do SAMU no Estado - Metropolitana, com abrangência de 60 municípios, Oeste/Alto Oeste, com 62 municípios e Seridó, com 44 municípios. O sistema será gerenciado pelo Consórcio Público Intermunicipal de Saúde do RN, que já está constituído.

"Nosso projeto tem como objetivo a implantação de um Sistema Integrado de Atenção às Urgências, porque não adianta apenas distribuir ambulâncias pelos municípios sem dar as condições necessárias para o atendimento à população. O serviço do SAMU é muito mais amplo que isso", disse o governador Iberê Ferreira de Souza.

O Ministério da Saúde já entregou ao Rio Grande do Norte parte das ambulâncias que serão usadas nos serviços de atendimento – 32 veículos. No total, serão entregues 77 ambulâncias. Estes veículos ficarão distribuídos em bases descentralizadas, em 53 municípios do estado. Do total de ambulâncias novas, sete são de UTI e as demais de suporte básico. Hoje, o SAMU do Estado já conta com seis unidades de UTI, passando, portanto, a contar com 13 dessas unidades até o final do ano.

A Secretaria de Saúde solicitou a abertura de licitação para a aquisição de equipamentos, material de consumo, locação dos sistemas de comunicação, manutenção da frota e estruturação das bases descentralizadas, além da realização de um concurso público para compor o quadro de pessoal necessário para o funcionamento do sistema. Serão contratados cerca de 1.000 profissionais da área médica e serviços gerais para a expansão do serviço.

Na manutenção da nova estrutura, deverão ser investidos cerca de R$ 4,5 milhões por ano. O Estado assumirá 60% desses custos, o Governo Federal, 30%, e os municípios, os 10% restantes. Além da manutenção, o custo da implantação da regionalização está estimado em R$ 20 milhões, ficando o Governo do Estado responsável por R$ 6 milhões e o Ministério da Saúde pelos R$ 14 milhões restantes (aquisição de ambulâncias e adequação física das unidades).

Nos últimos sete anos, o SAMU teve uma grande expansão em todo o Estado. Em 2002, eram apenas 12 ambulâncias no sistema que atendia apenas a Natal. Hoje, são 30 ambulâncias que atendem pacientes em Natal, Grande Natal (Macaíba) e Mossoró. Dessas, seis unidades são de UTI (2 na base de Macaíba, 2 em Mossoró e 2 em Natal).