O Globo
Depois do vazamento que adiou a realização do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), o ministro da Educação, Fernando Haddad, decidiu reforçar a segurança do teste. Haddad passou os últimos dias ligando para os 27 governadores. Nas conversas, pediu - e tem recebido respostas positivas - que as Polícias Militares ajudem a garantir a segurança do Enem, em 5 e 6 de dezembro.

Com a ajuda da Polícia Federal, o MEC desenhou um esquema de segurança inédito. Além da PF, as Forças Armadas vão guardar os cadernos de questões e escoltá-los durante o transporte para agências dos Correios. O MEC considera, porém, que o risco de fraudes é maior na etapa seguinte, o envio das provas aos locais onde 4,1 milhões de inscritos farão o teste. Caberá às Polícias Militares e Civis de cada estado impedir vazamentos e garantir a realização do teste.

O novo Enem substituirá o vestibular em mais de 15 universidades federais, contando pontos para a seleção de estudantes em mais de 40 delas. Haddad está decidido a cobrar do Consórcio Nacional de Avaliação e Seleção (Connasel) a devolução dos R$ 38 milhões pagos na primeira tentativa de realizar o Enem, em 3 e 4 de outubro.

Quem está inscrito no Enem já pode consultar o local de prova pela internet (www.inep.gov.br). Segundo o Inep, o local de prova da maioria dos candidatos mudou em relação à primeira data do exame. Os inscritos receberão pelos Correios, até 30 de novembro, o cartão de inscrição com os locais de prova.