A sindicância instalada no Senado para apurar contratos firmados pelo ex-diretor-geral da Casa Agaciel Maia com empresas terceirizadas encontrou indícios de irregularidades em pelo menos quatro prestadoras de serviços.

Relatórios encaminhados à primeira-secretaria do Senado com o resultado das investigações apontam a necessidade de redução dos valores dos contratos, a não-prorrogação de alguns serviços e falhas nas licitações para a escolha das empresas.

Os relatórios reúnem informações sobre contratos firmados pelo Senado com as empresas Fiança, Delta Engenharia, Ágil e Aval. As investigações foram solicitadas pelo ex-presidente do Senado Garibaldi Alves (PMDB-RN) no início deste ano, mas ganharam força após as recentes denúncias de irregularidades em contratos firmados pelo Senado com bancos fornecedores de empréstimos.

Os contratos tiveram o aval de Agaciel Maia e do então primeiro-secretário da Casa Efraim Moraes (DEM-PB). O atual primeiro-secretário, Heráclito Fortes (DEM-PI), vai analisar os relatórios elaborados por auditores do Senado para definir as providências a serem adotadas nos contratos com as empresas terceirizadas.

Na análise do contrato firmado com a empresa Aval, os auditores sugerem a redução em 57% no preço final dos serviços. A empresa foi contratada por R$ 2,365 milhões mensais para realizar serviços de limpeza da Prodasen (Secretária de Informática do Senado) e do Interlegis. Segundo os auditores, o contrato deveria custar aos cofres da Casa, por ano, o valor de R$ 996 mil.

Segundo a Folha Online, com a redução, o Senado teria uma economia de R$ 1,369 milhão por ano. Como o contrato foi firmado em 2006, o Senado poderia ter economizado mais de R$ 3 milhões no período da sua vigência. O relatório ainda sugere a redução no quadro de contratados da empresa de 96 para 46 pessoas, o que reduziria pela metade os funcionários da Aval.

Com informações da Folha Online