O presidente do Senado Garibaldi Filho (PMDB), afirma que seria uma precipitação fazer um prognóstico de alianças para a disputa do governo do Estado e de duas vagas no Senado em 2010. "Eu disse que a tendência era manter a aliança (feita em Natal). Acredito que ainda seja, mas não fechamos ou consolidamos isso. Ainda haverá muitas conversas e entendimentos, visando a eleição de 2010", afirmou numa entrevista à TV Ponta negra.

E negou que tenha, numa conversa que houve nesta semana entre ele a governadora Wilma de Faria e o deputado Henrique Eduardo Alves, presidente estadual do PMDB - a discussão sobre formação de chapas para 2010. "Não ocorreu (o convite de Wilma para o deputado Henrique Eduardo Alves ser candidato a governador numa aliança com o PSB). Garibaldi reafirmou que prefere que o PMDB apóie a governadora administrativamente, mas não faça indicações para cargos. Leia, a seguir, os principais trechos da entrevista.

Aliança no RN
"Hoje nós não temos uma posição absolutamente definida para a chapa de 2010. Não queremos precipitar os acontecimentos. Logo após a eleição de 2008, eu disse que a tendência era manter a aliança (feita em Natal). Eu acredito que ainda seja, mas não fechamos ou consolidamos isso. Ainda haverá muitas conversas e entendimentos, visando a eleição de 2010".

PMDB no RN
"Até agora o PMDB é um partido unido no Rio Grande do Norte. Tem as divergências que qualquer legenda pode ter. Eu e Henrique Eduardo sempre comungamos dos mesmos ideais e sempre tivemos as mesmas posições políticas. Passamos por situações muitos adversas. Começamos unidos, assim permanecemos e vamos permanecer. Pode haver uma divergência sobre algum ponto específico, mas isso não significa que exista divisão no PMDB do Rio Grande do Norte".

Participação no governo
"Eu continuo dizendo que prefiro ver o PMDB apoiando a governadora administrativamente, encaminhando as grandes questões, os grandes pleitos em Brasília, mas sem uma participação no governo. Na medida em que fossemos participar do governo, o partido ficaria muito atrelado. E se não temos consolidada uma posição política, não queremos submeter o partido amanhã a uma situação na qual se diga que ele ficou no governo e, na última hora, pulou do barco. Não que isso vá necessariamente acontecer. Mas acho que devemos conduzir o partido assim (sem indicações para cargos)".

Definição de chapa
"Não ocorreu (o convite de Wilma de Faria para o deputado Henrique Eduardo Alves ser candidato a governador numa aliança com o PSB). Se ocorresse, certamente poderia ter sensibilizado. Mas não houvesse isso. Nem sempre onde há fumaça, há fogo. Nós respeitamos a liderança da governadora. E sabemos que ela terá que exercer uma opção no momento oportuno, porque há nomes que podem ser lançados, candidatos que integram a aliança política dela e vem contribuindo para o governo".

Eleições municipais
"O PMDB levando, em consideração o Estado todo, teve um bom desempenho, porque elegeu muitos prefeitos, vice-prefeitos e vereadores. O PMDB só não se saiu bem em Natal, assim como os demais partidos que disputaram a eleição com a candidatura de Fátima Bezerra,".

Disputa em Natal
"Tivemos a oportunidade de mostrar a Natal um discurso conseqüente, afirmando a possibilidade de ter uma candidata com o apoio da governadora e de parlamentares. Enfim, apresentamos um discurso de continuidade. Mas a população não pensou assim e elegeu a deputada Micarla de Sousa. Agora vamos, claro, do ponto de vista administrativo, ajudar a prefeita eleita, porque nós precisamos contribuir com Natal. Não podemos ser sectários e apostar no "quanto pior melhor". Ao contrário, devemos ajudar a Natal".

A entrevista completa você acompanha no www.tribunadonorte.com.br